Vida boa

É muito sofrimento quando dizes
Que nada nesta vida te conforta
Porque há muito não somos felizes
E o futuro é esperança morta

Sinto tanta dor; nada mais me importa
São tristes estas nossas cicatrizes
É triste ver saindo pela porta
Nossos planos e as nossas diretrizes

Não me importa mais a luz do outono
Nem a magia do inverno e da garoa
Se me deixas assim neste abandono

Vivamos juntos porque a vida é boa
Viver só é vida de cão sem dono
É no fim da vida ver que viveu à toa


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Ledicias e apertas. Bo verso. Unha forte aperta dende Orense (Galicia-España))

 

Liñas novas que adoitan tomar as mesmas mesturas da dor que xa confrontaron as mans dereita e esquerda nas vidas anteriores e nos antigos episodios do noso pasar. E trascender a forza de doer. Vivir xuntos ao remate da túa expresión... e ver quen puido vivila toda. Búscome nos teus versos coaligados estreitamente coas bágoas... inda que queiras inventar esa fin coa que a vida semella existir toda. Apertas

 

É uma boa poesia, gostei muito. Saudações!

Aisha Baranowska