Agora sou um homem

Me forço a ver o mundo,
com novos olhos,
me forço a ver que agora,
que agora não sou um principezinho,
que a mamãe cercava com os maiores,
mimos e carinhos.
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Vejo agora o mundo com os olhos da maturidade,
e isto esta a me assustar,
percebo quão inocente eu era,
neste mundo que é de arrepiar.
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Percebo agora o valor,
o valor daquele tão suado dinheiro,
que eu adolescente exigia da minha mãe
(e se não desse, eu armava un "berreiro")
A quão tolo eu era, pobre criancinha...
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Quando pequeno,
nas incontaveis(e bobas) brigas com meus pais,
quis fugir com o circo,
e agora faço parte dele:
Sou o magico,
para com o pouco dinheiro chegar ao fim do mês,
Sou contorcionista,
para dividir uma "kitnet" com mais trêsm
Sou equilibrista,
para andar na corda-bamba da vida,
Sou o palhaço,
para tentar rir desta pindaíba,
E sou o domador de Leões,
para pagar os impostos que levam meus poucos tostões
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Bentido os tempos,
que tudo a me preocupar,
era a roupo que eu iria usar
nada de contas,
de aluguel,
de emprego,
de tudo enfim.
Mas agora é assim,
vida mansa se foi...
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Sou agora um adulto,
um homem de barba cara,
a sentir saudades dos tempos de farra,
daquela doce adolescência ida
e tento agora que me preocupar,
com a dura realidade da vida
(eu quero a minha mãe!!!!!!!!)

 

oooooh....adorei!!!!teu poema reflecta a sensibilidade que pussues...continua mesmo assim,serio que adorei D