Apenas solta

Seu olhar sentia o frio,
E em seguida sentia o barulho
Que não calava-se de gritos e gemidos.
Senta-se diante a todo o ar silente,
E linfas caindo sobre a sua face,
A sua alma a transformar-se
Numa forma de erva-doce,
Tornando o negro das nuvens
Numa transparência sem fim,
Puro algodão. E todo este gelo,
Aos poucos, foram derretendo-se
E reciprocamente tudo
A florescer, feito cachoeira transparente,
Deslizando sobre pedras de seixos.
Não chora, tudo já passou!
Agora o que resta é lembranças
De fatos da vida, e a perda de estimulo
Que não existe mais... Agora você é forte
Como borracha indestrutível.
E toda a vontade de cair em planto,
Não sentirá mais, toda a sua lágrima
Precisava transbordar, neste exato momento.
O meu abraço poderia ser
Um dos principais consolos,
Agora você pode viver a vida,
E você, agora sente que tudo passou
E tudo o que você tem agora
De mais valioso é a vida,
Que sempre buscara continuar vivendo.

 

Fabuloso poema bilingüe ! ... te felicito

 

Maravilloso.

 

Poeta Valter, seu poema tem um matiz de esperança muito agradável.
Cumprimentos.